
São Miguel de Souto
Gala das Nações
Gala das Nações
17 Julho - 21:30
Local: Largo do Eleito Local | 4520-709 Souto | Google Maps
São Miguel de Souto
A Vila de São Miguel de Souto, sita no concelho de Santa Maria da Feira, remonta ao século IX e tem antigas tradições.
No ano 897, o rico-homem GONDESINDO ERIZ, residente em Terras de Santa Maria, fez ao Mosteiro de Pedroso uma importante doação que se encontra nos Potugalise Monomenta Histórica.
O doador ao determinar os "objectos" da doação cita, entre outros, o Mosteiro de S. Miguel, na Vila de Acibicto (Azevedo).
O Mosteiro de S. Miguel deve ter sido o "Primórdio", da antiga Igreja de S. Miguel de Souto, que ainda hoje, tem o mesmo Padroeiro.
Demais no século XVI como consta do arquivo da Mitra Portuense, a dita Igreja de S. Miguel de Souto era da apresentação de Mosteiro de Pedroso, do qual D. GONDESINDO, como já foi dito, doara o referido Mosteiro de S. Miguel.
Em 1050, o Conde Gonçalo Viegos ordenou que fosse feito um inventário de todos os seus bens. No documento em causa (n.º 378 dos P.N.H.) relatam-se vários bens entre eles um assim assinalado: "Entre Proselha e Macieira, o Mosteiro de S. Julião, por inteiro, que foi do Abade FRAIULFO; Proselha é um lugar da vizinha Freguesia de Mosteirô e Macieira de S. Julião, hoje, apenas resta, em Souto o topónimo "S. Gião", que é uma corruptela de S. Julião".
Em 1107 vamos encontrar, inserida no "Livro Preto" uma carta de testamento de Aimar e família feita ao Bispo de Coimbra, D. Maurício, a cuja Diocese, pertencia, então a Freguesia de Souto.
Entre várias propriedades, ali citadas, encontrava-se a Vila de Tualdi - hoje Teobalde, e "um quinhão da Igreja de S. Miguel de Souto".
No Arquivo Nacional, há uma carta de doação de uma herdade sita na Vila de Macieira (Mazaneira), perto do Castelo de Santa Maria datada de 1141, (Livro de Baio Ferrado).
Em 1158, Pedro Paio doa ao Mosteiro de Grijó metade dos seus bens que por morte deixar, com a condição de ser sepultado no Mosteiro. Em compensação recebeu dos Cónegos de Grijó, para usufruir até à morte, a herdade que lhes tinha legado Dona Bona, Irmã do doador, na VILA DE SOUTO. (BAIO FERRADO).
Esta Freguesia aparece integrada no Foral da Feira e Terras de Santa Maria dado por D. Manuel.
A Igreja da Freguesia de Souto foi feita comenda da Ordem de Cristo por Bula de Leão X, em 1504. A Irmandade do Santíssimo Sacramento de Souto, é das mais antigas do mundo, senão a mais antiga, o respectivo pergaminho data de 1547.
No Lugar de Valrico de Souto foi descoberto, em 1834, o caulino com que se fabricou, em Portugal, a primeira porcelana, na fábrica da "Vista Alegre".
Hoje São Miguel de Souto é Vila, com um vasto leque de associações, que divulgam a cultura, o desporto e tradições desta Vila de São Miguel de Souto, nomeadamente a centenária Sociedade da Banda Musical de Souto, Clube Desportivo Tarei, Clube Desportivo Soutense, AJISCE, Grupo Folclórico "Os Romeiros", Agrupamento de Escuteiros 1295 – São Miguel de Souto, AlmiSouto e RodaSouto Team, Grupo de Jovens de Ação Católica, detendo igualmente um equipamento social com o Centro Social de Souto.

Mosteirô
A designação "Mosteirô" advirá a esta freguesia, a partir de um remoto e há muito desaparecido cenóbio, documentado logo pelos meados do séc. XI. Curiosamente, o seu exato local de assento deverá corresponder atualmente - e na opinião do Pe. Domingos Moreira - ao lugar de S. Gião, já na vizinha freguesia de Souto.
Pela mesma recuada era se documentava igualmente o atual topónimo Proselha (então grafado "porceli"), correspondente a um dos quatro principais aglomerados populacionais da freguesia de Mosteirô. Os outros serão Agoncida, Monte e Murtosa. Esta freguesia surge, na documentação dos séc. XIII a XVII sob a denominação de Santo André de Proselha, conforme adiante se explanará detalhadamente.
À semelhança de muitas outras das suas congéneres, a freguesia de Mosteirô faz mergulhar as suas raízes numa instituição monástica da época alti-medieval: o pequeno convento de S. Juliano, habitado por monjas beneditinas e cujo padroado andaria na posse, por 1050, do poderoso conde Gonçalo Viegas. O diploma que o cita é bastante expressivo quanto à localização do mesmo "in Porceli" (hoje lugar de Proselha). A sua amplitude seria modesta, surgindo o mesmo referenciado por diversas vezes pela expressão "salla" (1050, 1107, 1114). Em 1251, surge já sob a denominação de "Moesteiroo".
Muito curiosa é a evolução fonética e ortográfica do topónimo Proselha, que designaria a freguesia até aos finais do séc. XVII. Temos assim "Porceli" (1050), "Porzeli" (1139), "Purzelhe" (meados do séc. XIII), "Porcelhi" (1288), 'Pouzelhi" (1453), "Pruzelhe" (1527) "Peroselhe" (1690), "Purozelo" (1694) e "Prozelha", em 1758.